Foi realizado nesta quinta-feira, 22 de maio, no Fórum da Comarca de São João do Ivaí, o julgamento de Adriano de Carvalho, conhecido como “Adriel”. Ele responde por homicídio qualificado, três tentativas de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. O caso ocorreu na noite de 4 de fevereiro de 2023, no distrito de Ubaúna, zona rural do município, e causou grande comoção na comunidade local.
Na ocasião, Amadeus Sebastião do Couto, o “Nego”, de 64 anos, foi morto a tiros, enquanto Ademilson Alves, o “Fião”, de 54 anos, ficou gravemente ferido. Os dois estavam no Bar do Polaco quando foram surpreendidos por disparos de arma de fogo. Além das duas vítimas diretamente atingidas, outras pessoas também estavam no local, o que motivou a acusação de múltiplas tentativas de homicídio.
O júri popular é presidido pelo juiz da Vara Criminal, Dr. Malcolm Jackson Cummings. A acusação está a cargo do promotor de Justiça Dr. Carlos Eduardo, com assistência do advogado Dr. Alexandre Sarge Figueiredo, que representa a família das vítimas. A defesa de Adriano é conduzida pelos advogados Dr. Alikan Zanotti e Dra. Thaís.
Segundo o processo, o réu é acusado com base no artigo 121, §2º, incisos II e IV, do Código Penal, que trata de homicídio qualificado por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, além da posse ilegal de arma.
Adriano se entregou à polícia dias após o crime e, em entrevista à época, alegou legítima defesa, alegando que sofria ameaças e tinha uma rixa antiga com o filho da vítima fatal. A defesa sustenta que ele agiu sob forte pressão psicológica e em resposta a provocações constantes. Por outro lado, a acusação afirma que o crime foi premeditado e motivado por razões fúteis, pedindo a condenação com agravantes.
O julgamento está sendo transmitido ao vivo pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) e deve se estender ao longo do dia, com a oitiva de testemunhas e os debates entre defesa e acusação.