O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, deixou o cargo nesta sexta-feira (2 de abril) após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ocupar a função, o governo nomeou Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da pasta e ex-deputado federal.
Saída ocorre em meio a investigações
A decisão acontece em meio à repercussão de uma operação conjunta da Polícia Federal com a Controladoria-Geral da União (CGU), que apura um esquema de descontos indevidos em benefícios do INSS. Segundo a PF, o esquema teria movimentado cerca de R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024.
Em nota, Carlos Lupi afirmou não ter sido citado nas investigações e ressaltou que colaborou com todas as apurações. Ainda assim, justificou sua saída alegando que tem sido alvo de muitas críticas em todo o país. Ele agradeceu aos servidores da pasta e reiterou seu apoio ao governo na busca pela recuperação dos valores desviados.
Medidas adotadas pelo governo
Antes da exoneração de Lupi, o caso já havia provocado a demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e o afastamento de outros dirigentes. O INSS suspendeu os descontos em folha relacionados a convênios com entidades, enquanto a Advocacia-Geral da União (AGU) formou um grupo de trabalho para buscar o ressarcimento dos prejuízos.
Em pronunciamento recente, o presidente Lula garantiu que os beneficiários atingidos pelo esquema serão ressarcidos. Com a troca no comando da pasta, o governo busca conter os danos políticos e recuperar a confiança da população diante de mais um episódio de corrupção envolvendo órgãos públicos.