Com a volta às aulas em fevereiro, estudantes da rede pública e privada do Paraná terão que se adaptar a uma nova regra: o uso de celulares está proibido durante o período de permanência na unidade de ensino. A medida segue uma legislação federal que visa reduzir as distrações em sala de aula e melhorar o rendimento escolar.
A restrição ao uso de celulares já será aplicada em 13 estados a partir do primeiro dia de aula. No entanto, algumas unidades da federação, como Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro, aguardam a regulamentação do Ministério da Educação (MEC), prevista para ser divulgada até 13 de fevereiro.
Enquanto isso, estados como Ceará, Espírito Santo, Paraná e Piauí optaram por deixar que cada escola defina a melhor maneira de armazenar os aparelhos. Algumas instituições já adotaram soluções práticas, como caixas com chave para guardar os celulares dos alunos durante o período letivo.
É importante destacar que a legislação trata da proibição do uso e não do porte do celular. Ou seja, os estudantes podem levar o aparelho para a escola, mas não utilizá-lo durante as atividades escolares.
Pesquisas nacionais e internacionais apontam que o uso excessivo de celulares por crianças e adolescentes pode prejudicar o aprendizado. No último Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa 2022), 80% dos alunos brasileiros de 15 anos afirmaram se distrair com o celular durante as aulas de matemática, o que reforça a necessidade de regulamentação do uso desses dispositivos no ambiente escolar.
A medida tem gerado debates entre educadores, pais e alunos. Enquanto alguns defendem que a proibição pode contribuir para um ambiente mais produtivo, outros argumentam que a tecnologia, quando bem utilizada, pode ser uma ferramenta educacional valiosa. O desafio, agora, será equilibrar o uso responsável dos dispositivos eletrônicos com a necessidade de manter o foco no aprendizado.