O prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota (União Brasil), apresentou na noite desta quinta-feira (27) a prestação de contas do último quadrimestre da Prefeitura de Apucarana e da Autarquia Municipal da Saúde (AMS). Durante o evento, destacou desafios financeiros e revelou dívidas herdadas da gestão anterior.
Segundo os dados exibidos, o município registrou receita de R$ 212,2 milhões e despesas de R$ 173,6 milhões no período. O índice de endividamento ficou em 13,38%, sem incluir pendências bancárias ainda em disputa judicial.
Dívidas herdadas chamam atenção
Entre os débitos identificados, destaca-se a dívida de R$ 14,9 milhões reivindicada pela Viação Apucarana Ltda (VAL), responsável pelo transporte público, referente à diferença entre a tarifa técnica e a tarifa vigente entre 2022 e 2024. O município adotou um subsídio mensal, mas, segundo a concessionária, o valor repassado não foi suficiente.
A Costa Oeste, empresa responsável pelo recolhimento de lixo, também reivindica R$ 785 mil em pagamentos atrasados.
Além disso, o setor da saúde acumulou cerca de R$ 12,5 milhões em dívidas, incluindo salários atrasados de médicos da UPA, pagamentos pendentes ao Instituto do Rim, ao Hospital da Providência e ao Materno Infantil, além de despesas com manutenção de veículos da frota da saúde.
Medidas adotadas
O prefeito afirmou que auditará as planilhas apresentadas para verificar os valores cobrados, mas reconheceu que parte da dívida terá que ser quitada. “A situação financeira do município não é segredo para ninguém. Nosso desafio é administrar e buscar soluções”, declarou.
Nos últimos meses, a atual gestão realizou pagamentos para cobrir débitos da área da saúde, garantindo a continuidade de serviços essenciais. A prefeitura segue analisando alternativas para equilibrar as finanças municipais.