O Pix consolidou sua posição como principal meio de pagamento utilizado no Brasil em 2024, com 63,8 bilhões de operações registradas no ano. O número ultrapassou, sozinho, a soma de todas as transações feitas com cartão de crédito, débito, pré-pago, boleto e cheque, que totalizaram 50,8 bilhões de operações no mesmo período.
Os dados são da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em informações do Banco Central e da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços).
Crescimento expressivo
O volume de operações com Pix cresceu 52% em relação a 2023, quando o sistema de pagamentos instantâneos fechou o ano com 41,9 bilhões de transações.
Na comparação com outros meios de pagamento, os cartões aparecem na sequência: foram 19,8 bilhões de transações no crédito, 16,7 bilhões no débito e 9,2 bilhões nos cartões pré-pagos. Os boletos somaram 4,2 bilhões de pagamentos. Já as TEDs (Transferências Eletrônicas Disponíveis) contabilizaram 821 milhões de operações, e os cheques, 125 milhões.
Inclusão e agilidade
“Com uma ferramenta simples e segura, o Pix promoveu a inclusão financeira e ganhou espaço no cotidiano da população”, afirmou Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.
Desde sua criação em novembro de 2020, o uso do Pix disparou. Em seu primeiro mês de funcionamento, já havia superado as transações via DOC — modalidade que foi descontinuada em fevereiro de 2024. Em janeiro de 2021, ultrapassou as TEDs e, nos meses seguintes, passou à frente de boletos e cartões.
Pix movimenta menos que TED em valores
Apesar de liderar em quantidade de transações, o Pix não ocupa o topo em volume financeiro. Em 2024, a ferramenta movimentou R$ 26,9 trilhões, enquanto a TED ainda lidera nesse quesito, com R$ 43,1 trilhões transferidos no mesmo período.
Segundo Faria, o Pix é amplamente utilizado em pagamentos de menor valor, como compras do dia a dia. Já as TEDs permanecem como principal meio para transferências de alto valor, especialmente entre empresas.
Valor médio por transação
Levantamento da Febraban divulgado no início do ano mostrou que o cheque segue como o meio com maior valor médio por operação, atingindo R$ 3.782,57 em 2024. O boleto aparece em seguida, com R$ 1.478,89, enquanto o valor médio do Pix foi de R$ 416,18.
Por Candido Lourençon.