A influenciadora digital Jéssica Lemes, de 30 anos, é suspeita de liderar um esquema que movimentou mais de R$ 45 milhões entre 2023 e 2024, utilizando cassinos online, incluindo o jogo “Jogo do Tigrinho”. O marido dela, Denilson Oliveira, também está sendo investigado, além de outros suspeitos que não tiveram os nomes divulgados.
O casal, residente em Wenceslau Braz, no Paraná, foi alvo de uma operação da Polícia Civil (PC-PR) na última quinta-feira (13). Segundo o delegado Huarlei Oliveira, os valores movimentados envolvem tanto créditos em jogos quanto depósitos bancários.
Apreensões e bloqueios
Durante a operação, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em seis endereços. As autoridades confiscaram:
- R$ 100 mil em cheques;
- Joias e bolsas de luxo;
- Três caminhonetes, avaliadas em R$ 800 mil;
- Passaportes do casal, que realizou viagens internacionais no período investigado.
Além disso, R$ 20 milhões em contas bancárias foram bloqueados e sete imóveis foram sequestrados por determinação da Justiça.
Esquema e crimes investigados
As investigações, conduzidas pela PC-PR e pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) ao longo de seis meses, apuram crimes como:
- Exploração de jogos de azar;
- Lavagem de dinheiro;
- Associação criminosa;
- Crimes contra as relações de consumo.
De acordo com o delegado, Jéssica utilizava suas redes sociais, onde tinha mais de 65 mil seguidores, e um grupo de oito mil membros em aplicativos de mensagens para divulgar as apostas. Ela fazia parcerias com plataformas e prometia ganhos fáceis para atrair apostadores.
“Eles postavam diversas plataformas e, a cada clique dos apostadores, recebiam uma porcentagem. Foram constatadas milhares de transações bancárias ligadas ao esquema”, explicou o delegado.
O MP-PR solicitou a remoção dos perfis da influenciadora nas redes sociais, onde ela divulgava supostos ganhos e compartilhava códigos de jogos.
Defesa do casal
A defesa de Jéssica Lemes e Denilson Oliveira, que respondem em liberdade, informou que não irá se manifestar até ter acesso ao inquérito.
Por G1