O governo federal pode anunciar nesta quarta-feira (16) a volta do horário de verão para 2024, conforme estudos apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ao Ministério de Minas e Energia. De acordo com os dados, uma mudança nos relógios pode gerar uma economia de até R$ 400 milhões no próximo ano.
No final de setembro, o ONS já havia divulgado um relatório apontando a necessidade do retorno do horário de verão, considerando as condições energéticas do país. Agora, novos estudos sobre a capacidade de atendimento e mudanças no cenário hidrológico reforçam isso.
Impacto Econômico e Energético
A expectativa é que o adiantamento dos relógios melhore o aproveitamento das energias solar e eólica, além de reduzir a demanda máxima por eletricidade em até 2,9%. O estudo aponta que, a partir de 2026, a economia gerada pela mudança pode chegar a R$ 1,8 bilhão
Criado em 1985 com o objetivo de reduzir o consumo de energia, o horário de verão foi suspenso em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro, devido à sua perda de eficácia em função das mudanças nos hábitos de consumo. No entanto, o foco agora é otimizar a utilização de fontes renováveis, como energia solar e eólica, dificultando a necessidade de ativar usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes.
O retorno do horário de verão não está sendo desenvolvido apenas como uma solução econômica, mas também como uma estratégia para ajustar o consumo de energia aos horários de maior produção dessas fontes renováveis, melhorando a eficiência do sistema.
Por Portal Agora.