A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (25) o acionamento da bandeira tarifária amarela para o mês de maio. A mudança trará um custo adicional de R$ 1,885 na tarifa de energia a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
Motivo: início do período seco
A decisão da Aneel se baseia na redução do volume de chuvas, causada pela transição para o período seco do ano. Além disso, as previsões de precipitação e vazões nas regiões dos reservatórios estão abaixo da média, o que pressiona o sistema elétrico e reduz a capacidade de geração de energia pelas hidrelétricas.
Previsões já indicavam mudança
A medida já era prevista pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que apontava a possibilidade de bandeira amarela em todos os cenários projetados. Desde dezembro do ano passado, a bandeira tarifária estava verde, em razão das condições favoráveis de geração durante o período chuvoso.
Possível uso de termelétricas
Com a piora na previsão de geração hidrelétrica, a Aneel avalia que os próximos meses poderão exigir o acionamento de usinas termelétricas, que têm custo mais elevado de produção. A arrecadação gerada pela bandeira tarifária cobre justamente esses custos adicionais de geração.
Histórico recente de seca e tarifas
No segundo semestre de 2024, o Brasil enfrentou uma seca histórica, levando ao acionamento da bandeira vermelha patamar 1 em setembro — algo que não ocorria há mais de três anos. Na época, além do risco hidrológico (GSF), o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) foi outro fator que pressionou o sistema e elevou os custos de geração.
A bandeira amarela acende o alerta para um possível aumento nas tarifas caso as condições climáticas e hídricas não melhorem nos próximos meses.