A morte de Kelvin Willian Vieira dos Santos, de 16 anos, e Wender Natan da Costa Bento, de 20, durante um confronto com a Polícia Militar de Londrina no último fim de semana, continua gerando repercussão. A abordagem será investigada pela Polícia Militar de Maringá, conforme informações divulgadas pela corporação.
Investigação e novas informações sobre os jovens
Antes, a Polícia Militar de Londrina havia informado que ambos os jovens possuíam antecedentes criminais graves. No entanto, após uma apuração feita pelo repórter Ricardo Vilches, da RICtv, foi confirmado que Kelvin não tem passagens pela polícia. Já Wender, aos 19 anos, teve um incidente em que fugiu de uma viatura da PM em uma motocicleta, sendo posteriormente detido e pagando uma multa de 200 reais dividida em quatro parcelas para ser liberado pela Justiça.
Protestos em Londrina
A morte dos jovens gerou uma onda de protestos em Londrina, com manifestantes bloqueando mais de 20 pontos da cidade. Durante a manifestação, a mãe de Kelvin fez um apelo emocionado à população e aos governantes. Ela relatou que o filho havia estado com ela em um aniversário apenas 20 minutos antes de ser morto.
“Vocês governadores, o prefeito que entrou em Londrina, faça alguma coisa. Pede uma câmera para esses policiais, para que eles não matem outras pessoas, para que eles não agridam, não judiem desses jovens”, disse a mãe durante o protesto.
Protesto pela quantidade de tiros disparados
A mãe de Kelvin também criticou a quantidade de tiros que o filho e Wender levaram. Ela destacou que, ao tentar identificar o filho no Instituto Médico Legal (IML), ficou chocada com os “tiros à queima-roupa” e o uso de fuzis no confronto.
“Onde um confronto em que um policial chega perto e dá tanto tiro assim? Tiro de fuzil, que isso? Para que isso?” completou a mãe. Ela questionou por que o uso da força foi tão intenso, já que um único tiro seria suficiente para matar.
O caso continua sendo investigado, e a pressão popular segue em busca de respostas sobre as circunstâncias do confronto.