A morte de Maycon Geraldino da Silva, de 29 anos, no último dia 6 de março, em sua residência no bairro Jardim Shangri-lá, em Apucarana (PR), gerou revolta entre os familiares, que alegam negligência médica na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) nega as acusações e afirma que os procedimentos foram seguidos conforme protocolo.
Buscando atendimento médico
Segundo o tio de Maycon, Edvaldo Cardoso da Silva, o sobrinho procurou a UPA no dia anterior ao falecimento, relatando fortes dores no corpo e na cabeça, além de episódios recorrentes de desmaios e glicemia descontrolada. Cerca de cinco dias antes, a glicose do jovem teria atingido 240 mg/dL, o que o fez suspeitar de diabetes, mesmo sem histórico da doença.
No entanto, ao buscar atendimento na unidade, Maycon recebeu apenas dipirona e foi liberado sem a realização de exames, conforme relato dos familiares. “Se tivessem pedido algum exame complementar, isso não teria acontecido. É uma indignação total”, desabafa Edvaldo, que representa a família na busca por justiça.
Indignação e protesto por melhorias na saúde
O jovem era casado e pai de dois filhos, um menino de 8 anos e um bebê de 8 meses. A família, profundamente abalada, pretende transformar a dor em ação e está organizando uma manifestação na cidade. “Não é só pelo Maycon, mas para cobrar um Sistema Único de Saúde melhor. O sofrimento vai se transformar em combustível para buscarmos mudanças”, afirma Edvaldo.
Posicionamento da Secretaria de Saúde
O secretário municipal de Saúde, Guilherme de Paula, negou qualquer indício de negligência no atendimento, alegando que o paciente chegou com queixa de dor de cabeça, sem sinais de alerta, e foi tratado conforme os protocolos médicos. Ele também ressaltou que Maycon não possuía histórico médico na rede municipal e que o prontuário médico será disponibilizado à família, caso solicitado.
A família segue mobilizada, buscando esclarecer os fatos e cobrar providências.