A exemplo do que tem ocorrido nos últimos anos, aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que ganham acima de um salário mínimo não devem ter aumento real nos benefícios.
A correção para 2025 será apenas pela inflação, medida pela variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024.
O percentual foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (10), e ficou em 2024 em 4,77%
O reajuste para esses beneficiários será menor do que o aplicado para quem recebe o piso nacional, que aumentou 7,5%, elevando o valor para R$ 1.518. Isso acontece porque o piso previdenciário segue o reajuste do salário mínimo, que pela regra atual, além de considerar a variação do INPC acumulada nos 12 meses encerrados em novembro, soma o percentual à variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes —limitado a 2,5% ao ano.
A diferença entre o aumento do salário-mínimo e para os que recebem proventos acima do piso mínimo se deu por duas razões:
– o salário mínimo foi reajustado pela inflação ocorrida entre dezembro de 2023 e novembro de 2024 de 4,84%, enquanto os demais recebem a variação de janeiro a dezembro de 2024, que ficou em 4,77%, e
– o salário mínimo teve um ganho real de 2,5%, que somado a inflação de 4,84% implicou em um reajuste de 7,5%.
Hoje, dos 40,7 milhões de benefícios previdenciários e assistenciais pagos mensalmente pelo INSS, 70% são no valor de até um salário mínimo. Os que ganham acima do piso nacional somam 12,2 milhões de beneficiários. O teto previdenciário integral (R$ 7.786,01 em 2024) é pago para 10,6 mil pessoas.
Por Candido Lourençon.