Durante patrulhamento pela área central de Ivaiporã, a equipe da RPA visualizou dois indivíduos em atitude suspeita por volta das 17h de ontem (28). Foi realizada a abordagem, e ambos acataram prontamente a ordem policial. Após a revista pessoal, nada de ilícito foi encontrado com os indivíduos. Contudo, um deles chamou a atenção ao mencionar que estava em Ivaiporã, um local distante de sua residência e pouco caracterizado como destino turístico.
Questionado sobre o motivo de sua presença no município, demonstrou nervosismo e admitiu fazer parte de uma quadrilha originária de São Paulo, especializada em golpes, especialmente crimes cibernéticos. A declaração foi registrada em vídeo pela equipe policial. Ele afirmou estar em Ivaiporã para buscar um cartão de crédito que seria utilizado para fraudes, mas ainda não o havia retirado, pois não tinha chegado à agência dos Correios. Segundo ele, o cartão possuía um limite de R$ 15 mil, que seria totalmente utilizado pelos criminosos, sendo a vítima notificada apenas ao receber a fatura. Ele também revelou que o titular do cartão era uma pessoa identificada com um RG falso e que receberia R$ 1.000,00 pelo ato ilícito.
Com essas informações, configurando os crimes de falsidade ideológica, falsificação de documento oficial e estelionato, a equipe se dirigiu ao local onde o suspeito estava hospedado. No hotel, foram encontrados dois cigarros de substância análoga à maconha, pesando 0,52 gramas, um comprovante de tentativa de retirada do cartão na agência bancária e um bilhete de embarque em nome de outra pessoa.
Posteriormente, a equipe localizou a residência do verdadeiro titular do cartão, mas ele não estava em casa. Sua esposa informou o local onde ele trabalhava em Ivaiporã. Ao encontrá-lo, foi informado sobre a tentativa de golpe, visto que desconhecia a emissão do cartão e o uso indevido de seu nome.
Diante dos fatos, os envolvidos, juntamente com os objetos apreendidos, foram encaminhados à 6ª Companhia Independente da Polícia Militar para a confecção do boletim de ocorrência. Em seguida, tudo foi levado à Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos legais.